>Bio / Info
...que no início dos anos setenta a vanguarda brasileira estava representada pela arte conceitual e ainda o neoconcretismo. No entanto junto a elas e a um comportamento de expressão “marginal” fluía uma outra arte figurativa e certa abstração lisérgica à base do hidrocor, bico de pena, esferográfica e serigráfica sem pretensão de permanência, quase volátil, feita por uma geração mais nova.
Muitos deles, ou quase todos, se aventuravam em publicações marginais que surgiam simultaneamente em todo país. Alguns sobreviveram continuaram experimentando e aprofundando essa linguagem. Claudio Lobato é um destes poucos artistas que mantiveram viva essa expressão que hoje transita entre a figuração, o signo gráfico urbano e os materiais que constroem nosso percurso cotidiano, recodificando a paisagem de anúncios luminosos, sinalização e nossa imersão...
Xico Chaves - 1996
Claudio Lobato
Carioca, artista visual, cenógrafo, designer gráfico, ilustrador, diretor de arte e roteirista.
Aluno do Instituto de Belas Artes, mais tarde na Escola de Artes de Arte Visuais do Parque Lage, trabalhou na oficina de serigrafia com Dionísio del Santo. Desenhista de estamparias em camisetas, biquínis e gravuras, nos anos 70.
Participa do VII Salão de verão no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro com o “ambiente” Videocínio em 1975.
Editor e artista gráfico no grupo Nuvem Cigana, editora e produtora da contracultura atuante até os anos 80.
A partir de 1982, atua como artista visual do Circo Voador, na Lapa. Cartazes, cenários e a edição do Expresso Voador, jornal/programa do Circo, juntamente com o poeta Chacal e o fotógrafo e artista visual Cafi.
Em 1986, realiza uma exposição individual no Museu da República.
Nos anos 90, atua como diretor de arte e cenógrafo de vídeos institucionais para o CECIP, Centro da Imagem Popular.
No Museu de Imagem Som, expõe uma série de cartões postais e grafites futuristas na montagem Cartões Postais do Amanhã, comemorando 420 anos do Rio de Janeiro, em 1995.
Desde 1994, passa a escrever roteiros para a TV Globo, onde atua até hoje.
Nos anos 2000, participa como diretor de arte em exposições temáticas na Caixa Econômica, no Arquivo Nacional e no espaço Cultural dos Correios.
Escreve, em 2006, o livro Copacabana Jones em Recordações do Futurocom Denise Crispun, um scifi para o público jovem pela Editora Rocco.
Em 2016, foi diretor, diretor de arte e roteirista do documentário “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”