EXPO ATEAR ARTE – MUSEU DA REPÚBLICA 1996

Atear é soprar, avivar, excitar, provocar, estimular e fomentar. Arte é o que o artista multimídia Claudio Lobato faz, e sua mostra tem o nome conceitualmente poético de Atear Arte.

Claudio Lobato vem de silkscreen em camisetas, das performances poético-plásticas da Nuvem Cigana, de cartazes e cenografias no Circo voador, de grafites a capas de livro e inventivas vitrines, alegorias, fantasias e camisetas do bloco Suvaco do Cristo, vem crescendo na sua experimentação e sedimentando cada hora mais seus conceitos de uma moderna cultura urbana.O que amarra a mostra Atear Arte é a ideia da estrada. Pontos luminosos para ver e seguir em frente.

Jorge Salomão – 1996



Quando menino, viajava para casa de campo da família no banco detrás do carro, olhando a paisagem que se afastava na direção contrária, através do vidro traseiro.  Mesmo sem saber ler, identificava os signos que já conhecia, imensamente ampliados, ocupando o espaço magicamente espalhados pela beira da estrada.

Os recortes que faço são a sinalização absurda em um caminho entre a escultura e o desenho. Estão em ligação direta com a arte das ruas, do pintor popular de placas e para-lamas à propaganda dos outdoors.

Claudio Lobato 1996 (EXPO ATEAR ARTE)